Um dia, fui empurrada para fora de casa. Nada traumático, eu
precisava encontrar a minha própria vida. Ganhei a chave da porta e um adeus
simpático que indicava: quer mais, vá buscar.
Fui, busquei, mas para onde eu levaria aquilo? Tentei voltar, mas ali já não era mais o meu lugar.
Fui, busquei mais, voltei. E ainda não tinha voltado a ser o meu lugar.
Percebi que aquilo que eu trazia, uma melhoria de mim mesma, não bastava para voltar a ter lugar naquele altar. Saí novamente e deixei que o mundo dissesse o que dessa vez eu estava buscando. Fui encontrada, gostei de ter aquilo com que me deparei, mas não podia levar comigo. Voltei, certa de que ia sair de novo e me deixar ser encontrada. Fui e voltei, e fui e voltei.
Compreendi: eu funcionava ao contrário do conto de fadas, eu era a gata borralheira do lado de fora e a cinderela do lado de dentro. Ficou tudo tão mais fácil. E, mesmo que eu não queira, não tenho escolha em não voltar.
Fui, busquei, mas para onde eu levaria aquilo? Tentei voltar, mas ali já não era mais o meu lugar.
Fui, busquei mais, voltei. E ainda não tinha voltado a ser o meu lugar.
Percebi que aquilo que eu trazia, uma melhoria de mim mesma, não bastava para voltar a ter lugar naquele altar. Saí novamente e deixei que o mundo dissesse o que dessa vez eu estava buscando. Fui encontrada, gostei de ter aquilo com que me deparei, mas não podia levar comigo. Voltei, certa de que ia sair de novo e me deixar ser encontrada. Fui e voltei, e fui e voltei.
Compreendi: eu funcionava ao contrário do conto de fadas, eu era a gata borralheira do lado de fora e a cinderela do lado de dentro. Ficou tudo tão mais fácil. E, mesmo que eu não queira, não tenho escolha em não voltar.
Simone de Paula – 04/02/2016
Conto inspirado no filme ‘Yes’, de Sally Potter. E ainda num céu qualquer de um dia muito
especial na vida de uma pessoa.
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