Não
podia conter a tremenda ansiedade daquela manhã. Preparou uma lista já designada para esses
momentos: o que não podia esquecer, o que só levaria se coubesse na mala, uma
roupa estilosa para aquela festa surpresa que os meninos iriam preparar em
algum momento, com certeza (por favor!) e por fim, a inseparável bonequinha
mais linda de todo o mundo, a Bebel.
Era
nisso tudo que Olivia pensava há dias, semanas senão meses antes da viagem mais esperada de toda sua vida de 8
anos, pelo menos era o que ela achava até aquela hora. Cataratas do Niágara?
Egito? Pantanal? Não, não e não. Se fossem essas provavelmente já estaria
hospitalizada de “não conseguir dormir nunca mais de alegria” aguda.
Bem
mais simples e com uma alegria igualmente feliz, planejava sua viagem para o
acampamento da escola em Atibaia, pertinho da sua casa, que era em São Paulo
que fica no Brasil e o Brasil quando as pessoas de outros países leem se
escreve Brazil. Deu pra perceber que entrou um z aí nessa história? Nunca deu
pra entender direito isso. Com certeza o todo 4º B também não entendia. Olivia
inclusive.
Agora
imagina o 4º A e B juntos no meio das montanhas, acampando com barracas de
verdade e até um fogareiro cheio de fogo que a prof ia levar? Nem dá pra
imaginar uma coisa que só pode ser classificada com uma palavra: um sonho. Ops,
pode ser duas? Um sonho maravilhoso.
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