quinta-feira, 23 de maio de 2019

O fantasma era o pote de colheres de pau caído da janela.

É madrugada, um barulho, alguém está na casa. Boca seca, coração dói. Estou ouvindo, está perto. Pulsa a dor do medo. Arrepio de corpo inteiro. Não há onde me esconder. Serei ferida. Vou pular a janela. Vou me quebrar da janela. Olhos arregalados. Deserto escuro. Garras imaginárias apertadíssimas e afiadas. Pulsa a dor do medo.

Quem me invadiu?


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