Ele sentia o fim e pensava: “sou um homem de 40 anos, saudável e ativo... não há nada que diga que estou morrendo. E por quê sinto que sim, que estou morrendo? Todos dizem: ‘você tem uma carreira estável, bem sucedida, tem família, tem casa, tem isso, tem aquilo, não há nada de errado! Besteira da sua cabeça!’ Tentava se convencer disso, mas não conseguia deixar de sentir no corpo e não encontrar palavras para definir esse sentimento.
Um dia encontrou um amigo que não via há muito tempo e diante da pergunta: “Como anda a vida?” Suspirou e falou: "Acho que não anda... na verdade nada falta, tudo está perfeitamente colocado onde deveria". E o amigo rapidamente respondeu: 'Ixi, vamos pedir mais bebida, você está tomado pelo tédio. Eu acho o tédio o pior tipo de fim.'
Carla - 31/05/2016
Nenhum comentário:
Postar um comentário