sexta-feira, 17 de dezembro de 2021

Reencontro

Ontem reencontrei um amigo querido com quem tenho muita sintonia. Olhos nos olhos, depois de quase dois anos. Um papo longo que só terminou porque o restaurante fechou. Comida boa, bebida gelada, risadas e compartilhamento. Viemos de lugares diferentes, transitamos estradas paralelas, nos cruzamos em alguns trechos e isso foi suficiente para definir a amizade.

Para garantir o encontro, nada melhor do que um dead line, ou seja, agora ou nunca! E foi assim: AGORA! Mexe na agenda e faz acontecer.

Nossa amizade tem uma história, claro, como tudo que a gente conta e, por isso, faz parecer especial. As trocas começaram por espaços compartilhados. Depois, por assuntos comuns com planejamentos possíveis. Na pandemia, o ensinamento, novas descobertas, caminhos aproximados. Suave, delicado, gentil. No ritmo lento e constante que coloca o corpo presente e faz material a virtualidade da linguagem.

E falamos de corpo, claro, porque foi pelo espaço dos corpos que o encontro aconteceu inicialmente. 

Já que o corpo apareceu aqui, lembrei da experiência linda do último sábado, com a apresentação Gestos Transitantes, do Núcleo Dédalos, para o encerramento do grupo de estudos Corpo (en) cena. Depois reencontros com amigos, mais e mais nesse momento em que, vacinados, relaxamos os cuidados e nos reaproximamos.

Acho que é assim, o corpo pede passagem e atravessa o desfiladeiro da linguagem.


Simone de Paula - 17/12/2021

Gestos Transitantes

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