O branco bem branco, da neve do pólo, é esse que eu quero.
Ou o preto fechado, a tal asa da graúna, é isso que eu espero.
Anseio o extremo, decidido, desenfreado, sem espaço para titubear.
O branco bem branco, sem nuances, sem olhar que duvide que aquilo É o branco.
Na escuridão total, do fundo do buraco do centro da terra, nem me venha com micro brilhos da lava incandescente, É breu.
Promessa feita, último passo antes do abismo, fim da linha, fim da terra, é lá que vou estar.
Mergulho direto nas profundezas do oceano, em que os peixes são transparentes, cegos, não precisam de sentidos, só totalidade absoluta. Me ache fusionada com o nada.
Instante único, do além do último limite, mor(r)o lá.
Simone de Paula - 23/04/2021
foto: Michael Schlegel
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