sexta-feira, 11 de setembro de 2020

Plexo solar

Na nossa conversa, meio não é metade, é centro, e com isso, teorizamos.

Eu tentava demarcar a área que compunha esse centro, incluindo a periferia, espaço expandido do miolo afetado pela corrosão. Apontava, indicava, ampliava toda a superfície para lhe dizer que isso é uma grande composição espacial. E ele, que naturalmente tem escutado bem as minhas diligências móveis e imóveis, resumiu com uma boa expressão: plexo solar.

Rimos, claro... Eu sei há ironia nisso e ele certamente não perderia a chance de provocar esse efeito. Ou é concordância com os meus termos ou discordância delicada como um tapa de luva de pelica. Pouco importa, aceitamos essas diferenças e seguimos a partir do centro de energia. 

Segui, contando da relação rizomática desse meio em direção às extremidades, levando eletricidade, ativando as partes mais distantes e interligando outros membros ao tronco principal.

O corpo espacial, na constituição vinda da unidade à composição, não decepciona quando se trata de uma atividade motora eficiente. Porém, quando exige uma constituinte operativa de uma mecânica determinada, falha e promove desencontros na operação.

É por isso que as atividades ilícitas assumem o controle do processo, invadem as brechas e dominam os pontos mais destacados e sutis.

O desbloqueio exige força primeiro e destreza depois, maleabilizando o entorno e reintegrando os sistemas.

Tá aí uma concepção que não decepciona.

Simone de Paula - 11/09/2020



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