Nós, em dupla, pra mim, é uma tortura.
O corpo clama. A cabeça acelera. O instante nunca chega.
Você segura a corda frouxa. Eu seguro cordialmente, evitando colocar intensidade e força. Se eu puxo demais, noto seu peso, sua solidez, não te movo um milímetro. Desisto. Caio, levanto, largo, mas você segue lá, segurando, oferecendo o cabo solto para que eu insistentemente estique, pratique.
Prefiro as brincadeiras livres, que meu corpo não dependa do seu, que minha força não se impacte com a sua. Mas você não cede e segue o jogo do cabo de guerra.
Simone de Paula - 12/4/2019
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